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Maternidade Solo: Problema ou Consequência?
Desde a antiguidade, quando seres humanos ainda não sabiam que o homem também era responsável pela geração de um novo indivíduo de sua espécie, as mulheres sempre foram vistas como as únicas responsáveis por cuidar e criar sua prole. Com o avanço científico, logo percebeu-se que essa crença estava errada, e que os homens também possuiam um papel importante no nascimento da criança, mas a questão da responsabilidade de criar e prover para o recém nascido, é uma questão complexa que abrenge vários contextos diferentes, tanto pessoais, como socioeconômicos.
Na sociedade brasileira, um contexto importante é a situação financeira da família. O Brasil é um país emergente, que ainda se encontra em desenvolvimento, com uma grande desigualdade social e educacional. Criar e cuidar de uma criança, principalmente no século XXI, é um grande desafio, com muitos sacríficios, energia e recursos a serem despesos. Não é incomum ainda existir desigualdade salarial e até mesmo preconceito na cultura brasileira, sobre mulheres que são mães e atuam ativamente no mercado de trabalho, dando a responsabilidade para o pai, quando existente, de trabalhar e prover os recursos financeiros a sua família, ficando para a mãe o papel de cuidar da casa e dos filhos, como era comum décadas atrás.
Outro contexto importante sobre o tema, são questões pessoais em relação a vida da mãe. Em comunidades mais pobres, como em favelas brasileiras por exemplo, muitas mulheres se tornam mães muito jovens, por falta de orientação e educação sexual, seja de seus pais que também não tiveram orientação, como da escola pública, e como muitos homens que se tornam pais jovens se encontram nessa mesma condição, acabam fugindo de suas responsabilidades por não terem perspectivas de poderem prover para sua prole. Apesar de existirem leis que tentem resolver alguns desses problemas, muitas vezes é insuficiente e ineficiente, e dependendo do contexto, a maternidade solo não é necessariamente um problema a ser evitado, mas a ser compreendido.
Mas, quando a mãe com responsabilidade solo de criar seus filhos enfrenta esses tipos de problemas pessoais e socioeconômicos, existem algumas soluções que poderiam melhorar bastante esse cenário. Uma delas é melhorar a educação sexual nas escolas, principalmente nas públicas onde o indíce de mães adolescentes é maior, para que seja possível evitar o máximo possível o caso em que mulheres em fase de adolescência se tornem mães prematuramente. Outra possível solução seria dar acesso a informação de qualidade para essas mães mais carentes e vulneráveis, seja com acesso a internet banda larga em escolas e pontos de wifi públicos, como em campanhas públicas de conscientização em redes sociais e na televisão aberta. Também deveriámos nos conscientizar como sociedade, a parar de ter preconceitos com mães independentes, muitas delas possuem condições de prover para seus filhos e escolheram esse caminho por vontade própria, o que não era possível na cultura patriarcal brasileira que existia e era comum algumas décadas atrás.
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