9 de outubro de 2014
Esta é a história de uma rede acidental de centenas de pessoas, todas (mais ou menos) trabalhando em prol de um vago objetivo comum em um projeto ridículo que não existia há duas semanas.
A forma como tudo começou foi, na noite da segunda-feira passada, brincando na web, encontrei uma incrível postagem no blog de 2004 de Stevie Nicks, o músicista da banda Fleetwood Mac. Na postagem ela conseguiu unificar quatro temas não relacionados, a saber:
- Seu jantar pendente de Ação de Graças;
- Os trágicos acontecimentos de 11 de setembro de 2001;
- A solidão dos soldados durante a guerra; e
- Sua música “Rhiannon”.
Se você já viu uma foto de Stevie Nicks em um cavalo iluminados por trás, você vai gostar dessa postagem no blog. Pedi à minha esposa Mo que se sentasse comigo para que eu pudesse ler isso em voz alta para ela, porque era muito importante. Aqui está um gostinho:
Muitas vezes na minha vida, quando eu estava triste ou insegura sobre o que estava fazendo, minha mãe dizia: “Você está em uma missão, Stevie, você sempre esteve~ é o seu destino”. Então o que está acontecendo parece ser o nosso destino, o seu e o meu. É o que está acontecendo conosco agora. Mais uma vez eu digo, desejo que os anjos da guarda estejam ao seu lado~ desejo que você permaneça segura~
“E pelo caminho glorioso voaram três pássaros cantando. Um era branco, o outro era verde e o outro era dourado como a manhã. O canto deles era doce, o trovão dos cascos…
Fiquei perplexo com o caractere til – “~” – que Stevie Nicks usa ao longo de sua escrita.
“Isso é coisa da costa oeste”, disse Mo, que cresceu na Califórnia. “Você usa tils em vez de dois pontos ou travessões, é mais parecido com escrita à mão.”
Eu compartilhei esse fato no Twitter. Um amigo meu, gerente de sites, respondeu prontamente: “tils só são usados corretamente na frente de nomes de usuário em hospedagem compartilhada”. Espera, o que!?
Então! Nos velhos tempos da Inter-net da década de 1990, se você fosse um nerd (então jovem) como eu, você teria uma conta em algum servidor chamado CyberFox.net e seu endereço da web seria http://CyberFox.net/~vixen (se você fosse o “vixen”). E você poderia colocar alguns sites nesse endereço.
A primeira web pessoal cresceu em torno desses pequenos “sites til”; foi isso que precedeu o blog. O “~” é um pouco parecido com o “@” no Twitter – um atalho que diz: “Aqui está uma pessoa”.
A essa altura eu já estava bem preparado e ouvindo Stevie Nicks (parece que ela está cantando, hoo [baby], hoo [baby], hoo), então twittei: “SIM, também acabei de registrar o domínio http://tilde.club e darei a qualquer pessoa uma conta shell que queira uma”.
Uma “conta shell” dá acesso para usar um computador. Quando você faz login, um programa “shell” é executado que permite você lançar comandos. Isso é o que os hackers digitam nos filmes. Na humilde linha de comando você pode escrever coisas e salvar páginas web. Aqui está como é usar uma máquina Unix remotamente através de uma conexão shell segura:
Por mais monótono e retrô que possa parecer, há muito poder e valor nessa configuração. Alguns amigos responderam: Claro! Ou “Sim, se for sério”.
Já era bem tarde da noite. Eu tinha duas peças para entregar no trabalho, então já deveria ter ido para a cama aquele hora. Ninguém teria me obrigado a cumprir minha promessa. Mas olhe. As crianças estavam na cama. Não demora muito para configurar computadores na nuvem. Você pode fazer isso mesmo quando estiver meio bêbado. Iniciei o computador na nuvem Amazon mais barato e fraco. Você faz isso clicando em botões em uma página da web. Entrei no meu novo computador, criei algumas contas de usuário e iniciei um servidor web. Este computador executava um sistema operacional baseado em Unix. Ele estava localizado em algum lugar da Virgínia.
Fui para a cama. Quando acordei, 100 pessoas estavam pedindo contas.
Tá bom! Pessoas gostam de coisas grátis. Analisei todos os e-mails e distribuí mais 100 contas para que mais 100 pessoas pudessem criar páginas da web na maquininha. Mandei um e-mail para eles:
Bem-vindo ao tilde.club! Quem sou eu? Eu sou o administrador de sistemas, Paul Ford. Como qualquer administrador de sistemas, serei lento em responder, entenderei tudo errado e agirei impetuosamente, sem nunca reconhecer qualquer erro. Considere esta parte da sua experiência autêntica no tilde.club! Já que agora me envolvi neste show, algumas notas: - Sem drama. O que seria drama? Há uma música de Mary J. Blige chamada “Chega de Drama”. Se Mary J. Blige considerar drama, então é drama. - Este é um projeto livre-de-culpa e um desastre total é SEMPRE um resultado possível. - Essa coisa é de fato um clube do bolinha, entaão sejam todos ativos, agressivamente legais e meigos e lembrem-se de que o único verdadeiro binário é aquele que usamos em nossos microchips.
Achei que também deveria fazer alguns votos sagrados, então acrescentei:
MEUS VOTOS SAGRADOS PARA VOCÊ Farei o meu melhor para fazer o seguinte: 1) Farei um backup semanal das pastas public_html para que, quando algum adolescente da Estônia decidir hackear e estragar tudo, possamos criar um novo servidor e voltar à vida. 2) Não encerrarei as coisas sem um mês de aviso e, assim que encerrar, garantirei que um arquivo com todos os diretórios public_html sejam carregados no archive.org. 3) Se alguma comunidade se formar (DUVIDO, MAS ME SURPREENDA), prometo que não vou explodir a comunidade sem, tipo, primeiro indicar a todos algum canal de chat gratuito ou algo assim.
As pessoas logaram e começaram a conversar ao vivo com imagens de dragões em texto para todos no computador. Daí eles mudaram para seus editores de texto e começaram a criar sites, ali mesmo no servidor, exatamente como eu esperava.
Muitas páginas eram propositalmente retrô e com aparência dos anos 90; outros eram meditações sobre o significado do tilde.club. Algumas páginas eram histórias, outras foram geradas por código. Algumas pessoas escreveram códigos para organizar o caos em expansão. Então, um usuário criou uma página que listava as páginas atualizadas mais recentemente. De repente, havia uma maneira de ver o que estava acontecendo, minuto a minuto. Eu montei uma página inicial.
- Muitas e muitas páginas web, a maioria engraçadas e retrô, algumas sinceras e muitas são as duas coisas. Gosto das retrô, mas adoro as ambiciosas.
- Código que lista quem está conectado ao sistema e código que lista quem está usando muito espaço em disco.
- Um webring para conectar todos os sites. E um webring literalmente giratório em 3D.
- Uma versão/paródia/homenagem à página inicial do /Million Dollar/ que quer que as pessoas doem um milhão de dólares para instituições de caridade e agora está a 1/5.000 do caminho em direção ao seu objetivo.
- Vários blogs muito bons, alguns escritos à mão, alguns com software de blog, referenciando uns aos outros, alguns com “patrocinadores”.
- Um mapa de onde os usuários estão localizados na Terra que, ironicamente, não consigo encontrar no momento.
- Uma vaca falante infinita, uma versão atomizada de Enya, uma coisa que mistura faixas de hard rock, mais ou menos, e um monstro que come páginas do tilde.club.
Isto é o que acontece quando as pessoas fazem login para fazer seus experimentos:
Depois de alguns dias, adicionei cerca de 600 contas e o pequeno servidor começou a resvalar e chiar. Tive que parar de adicionar pessoas (mais mil se inscreveram na lista de espera). Eu disse: “Se você puder oferecer ajuda, eu poderia usá-la”.
E caros… Recebi dezenas de ofertas de ajuda – administração de sistemas, moderação da comunidade e dinheiro. Algumas horas depois, junto com um bom número de doações do PayPal, ~danbri, membro do tilde.club, providenciou que US$ 24 em um envelope fossem colocados sob a porta do meu apartamento no Brooklyn.
Mais que a maioria dos sites, acho?
Foi quando o tilde.club meio que oscilou das colunas da tosquisse e caiu no oceano, não sei, da “coisisse” ou da “projetisse”. Ei vivo bem longe das colinas da tosquisse, em uma cabana de ironia e suspeita. Foi tudo muito novo para mim.
Poucos dias depois, o usuário ~jr criou um programa que desenhou um gráfico de malha rede social tilde.club. Esta é a aparência dessa rede agora:
Em http://tilde.club/~jr/network/
Na última semana muitas pessoas me perguntaram: O tilde.tlub é uma rede social? É uma empresa? Isso é um produto? Um produto mínimo viável? O que você fez para construí-lo? As pessoas pediram para falar comigo sobre isso, para me entrevistar sobre isso e perguntaram sobre meus planos e objetivos. O site foi listado no Product Hunt, que é um site que acaba de receber US$ 6,1 milhões em financiamento de risco, para que possa cumprir plenamente sua missão de fazer uma lista de outros sites que recebem financiamento de risco. E sobre isso tudo que posso dizer é -
tilde.club é um computador Unix barato e não modificado na Internet.
É isso. Isso é tudo. Não é nada mais do que isso.
Se você procurar mais, não encontrará nada.
Esses computadores são baratos e abundantes. Eles levam alguns minutos para serem configurados e você os inicia em um navegador da web e os aluga por hora. E ainda mais importante:
Como um ser humano que lê o Medium, não se espera que você se preocupe, escreva artigos sobre ou se preocupe com o tilde.club.
Não há pressa em aderir. Não existe modelo de negócio, não há relevância para as marcas e nada para otimizar. O site não compete com nada – pois é apenas um computador como milhões de outros. Não há necessidade de reconhecer território, porque o território já existe há décadas.
tilde.club, como todos os produtos duvidosos, está claramente marcado: apenas para fins de entretenimento.
Se você respeitar os outros, será bem-vindo e as pessoas ficarão entusiasmadas em ver suas páginas da web e conhecê-lo. Esta não é uma característica especial do tilde.club; esta é uma característica básica dos humanos decentes e que de alguma forma se tornou atípica na Internet.
Estou tendo problemas para explicar isso. Meu palpite é que as pessoas simplesmente não estão acostumadas a ouvir isso. Então repito, indefinidamente:
tilde.club é um computador Unix barato e não modificado na Internet.
Unix é um sistema operacional. Um sistema operacional é o conjunto de programas executados em computadores para que outros programas possam ser executados. Seu uso começou no início da década de 1970 no Bell Labs, na época em que os Estados Unidos tinham um grande sistema telefônico, e seu uso tem crescido continuamente desde então.
Unix é um conjunto de programas muito pequenos de computador que foram reunidos em uma aglomeração consistente ao longo dos anos. Eles são posicionados em camadas em cima de um “kernel” que organiza o poder insanamente rápido do computador em um conjunto de abstrações que os humanos podem manipular. Sua confiança nessa abordagem “simplicidade é bonito” torna o Unix não só uma tecnologia, mas também uma filosofia. Você poderia dizer isso sobre qualquer tecnologia, mas o Unix realmente é isso. (Se você estiver curioso, pegue uma cópia do O Ambiente de Programação Linux, que é um exemplo da pureza técnica e simples, uma espécie de Strunk & White da computação).
O Unix vem em muitas versões e variações, e muitas delas são totalmente gratuitas. Linux é a variação gratuita mais popular, e é sobre isso que o tilde.club funciona.
Aqui é onde os jovens compartilham seus sentimentos
Nas décadas de 1970 e 1980, o Unix deixou os laboratórios de pesquisa e encontrou um lar na academia. Assim, muitas pessoas que foram para a faculdade na década de 1980 ou no início da década de 1990 lembram-se de ter aprendido a digitar comandos para checar seus e-mails. Muitos também se lembram de seu primo, VAX/VMS. Os alunos de graduação caminhavam até um terminal – geralmente uma tela monocromática com teclado – faziam login em sua conta e digitavam um comando para ler seu e-mail. O computador estava em outro lugar, do outro lado do campus.
Como havia outras pessoas no computador, você poderia conversar com elas e enviar-lhes e-mails. Você também pode enviar e-mails para outras pessoas fora da sua máquina local, fora da sua rede local, para a “internet”. Você poderia se conectar a outros computadores na Internet e usá-los como se estivesse bem na frente deles. Lembro-me de descobrir isso e ficar incrivelmente assustado. Continuo assustado.
Na década de 1980, as pessoas pararam de compartilhar máquinas, provavelmente pela mesma razão que, nas décadas anteriores, as pessoas deixaram de utilizar ônibus e bondinhos elétricos e passaram a conduzir automóveis. Um “computador pessoal” tornou-se uma possibilidade – e a indústria de PCs explodiu num enorme sector da economia mundial.
Então – há muitas maneiras diferentes de contar a história daqueles anos; Estou apenas tentando contar uma parte da história da computação: alguns de nós transferimos nossas vidas computacionais de nossas máquinas Unix para nossos Macs e PCs com Windows. Porém, deixamos os programas do servidor em execução. Aqueles programas que nos dão o nosso email, que nos permitem conversar. O Unix continuou funcionando como um servidor, um artefato histórico, à medida que todos migraram para o Windows e, em menor grau, para o Mac.
Avançando 20 anos: seu típico servidor Unix “em nuvem”, projetado na década de 1970 para ser um lugar muito social, é hoje uma cidade fantasma com uma ou duas instalações ainda funcionando na cidade – instalações que recebem nossos e-mails ou aceitam nossos fotos do Instagram, armazenam-as e gerenciam nossos dados. Mas não há ninguém andando e conversando no centro dessa cidade. Assim, quando as pessoas falam sobre “computação em nuvem”, estão falando de milhões de pequenas cidades fantasmas. Irônico, porque o que as pessoas constroem nessas cidades fantasmas são as redes sociais.
Na última década, surgiram redes sociais como Twitter, LinkedIn, Facebook – até mesmo Google Plus. Eles tentaram reunir todas aquelas pessoas solitárias novamente, em uma sala enorme. Não apenas algumas dezenas de pessoas em um computador, mas milhões, até mesmo um bilhão de pessoas, todas compartilhando um metacomputador gigante.
Muitos desses serviços fazem uso intenso do Unix nos bastidores. Então: Coletivamente pegamos uma plataforma de computação social, cobrimos suas partes sociais e a usamos para construir uma plataforma de computação social.
Por pura diversão, decidi reativar a parte social e dar uma festa nerd.
Depois de seis dias, me preparei e entrei para ver minhas contas por essa insanidade. Seiscentas pessoas enlouquecendo fazendo páginas da web. E foi tão ruim quanto eu imaginava. Aqui está uma captura de tela:
Os servidores podem ser baratos agora, mas as pessoas são iguais. Alguns me enviaram e-mails com apenas “nome de usuário zergblaster” e nada mais, porque foram ensinadas que a web é um robô que distribui coisas para seu prazer. Essas pessoas são meio inúteis, mas tudo bem, talvez possamos ajudá-las a aprender HTML. Muitas, muitas outras pessoas me escreveram sobre o quanto sentiam falta da velha web, daquela sensação de tranquilidade, intimidade e pensamento paciente – escrevendo, codificando e aprendendo à medida que avançavam.
Isso fez sentido para mim, porque também sinto falta disso. A web social moderna é um milagre do progresso, mas também um vulcão de porcaria impulsionado por status (por outro lado, sem o Twitter ninguém saberia sobre o tilde.club). Na década de 1990 – isso pode parecer loucura – alguns de nós pagamos muito dinheiro por nossas contas til, como US$ 30 ou US$ 40 por mês ou às vezes muito mais. Pagamos para alcançar estranhos com nossas ideias estranhas. Considerando que agora, como todos sabem, as marcas pagam para conhecer os usuários.
Eu assumi essa coisa sozinho e estava pagando para mantê-la funcionando. Mas vendo de outra forma: eu estava sendo pago em páginas da web. Eu sou um homem que adora páginas da web. Não é um feed de atividades, nem tweets estruturados ou postagens de blog organizadas, nem mensagens de marca, apenas uma placa estranha e bruta. É como andar por uma rua de uma nova cidade à noite e ver todos as placas, piscando e brilhantes e em línguas que você não entende muito bem.
Você pode não amar essa sensação. Eu amo essa sensação. Suponho que outras pessoas também o façam, porque muitas delas estavam criando páginas da web. Muitos viram isso como um exercício de nostalgia. Outros viram isso como uma forma de retornar aos primeiros princípios da web e pensar em outras maneiras pelas quais as coisas poderiam acontecer.
Uma lista com cerca de um terço das pessoas logadas agora — FESTA NA CIDADE TIL!
O servidor será — e já foi — abusado, tanto por mal-intencionados quanto por bem-intencionados sem instrução. Fico pensando em todos os desastres que estão vindo em minha direção. Mau comportamento de usuários, ameaças, ataques DOS, hackers, “fork bombs”, raiva obsessiva e ameaças de violência contra mim ou meus entes queridos. Mas então me lembro que já lidei com todos eles antes, eles são apenas parte de fazer coisas na Internet. Faremos apenas muitos backups e, quando ocorrer um desastre, seguiremos em frente. Ou desistir! Sempre uma opção que vale a pena preservar.
Temos ótimos administradores voluntários, pessoas que se esforçaram muito. Ainda não consegui enviar um e-mail para todos eles ou ajudá-los a encontrar funções. Você ficaria surpreso: há uma qualidade terapêutica na administração de computadores; pode ser bastante relaxante manter o sistema em forma. A equipe principal que entrou em cena e está fazendo grande parte do trabalho administrativo é ~delfuego, ~harper, ~dphiffer, ~david, ~pepper e ~jessamyn, com ~rusher aconselhando sobre aspectos internos, história e cultura do Unix. Todos eles olhando para um único servidor barato.
Assim, em alguns dias, tudo isso mudou de uma “piada” para “experimento ridículo”, de “eu” para “nós” e de “meu” para “nosso”.
As pessoas já começaram a reproduzir o tilde.club em seus próprios servidores. Estamos documentando o que aprendemos para que mais pessoas possam participar se quiserem. E admito que, com todos aqueles e-mails e o dinheiro passando por baixo da porta, por algumas horas comecei a ter grandes visões do que isso poderia se tornar. E se, perguntei-me, e se esta pequena piada pudesse, através de alguma magia, transformar-se num sistema gigante descentralizado de servidores Unix baratos e seguros espalhados em casas, escolas e através de várias nuvens, máquinas que as pessoas pudessem usar para aprender e ensinar. E se apenas construíssemos algumas pequenas ferramentas em cima do Unix para que o tilde.club pudesse de alguma forma ser usado para suplantar – mesmo que só um pouco – as redes sociais comerciais de hoje?
Então o servidor travou. Um bom lembrete. tilde.club é um computador Unix barato e não modificado na Internet. E para ser claro: ficaria chocado se este projecto afetasse mais do que alguns milhares ou centenas de milhares de pessoas. Eu ficaria surpreso se mais de uma, duzentas ou algumas centenas de comunidades independentes, pequenas, unidas e que se apoiassem mutuamente pudessem surgir de algo assim. E números como esses simplesmente não significam muito na web moderna, onde são necessários dez milhões de usuários antes de atrair a atenção de um investidor de risco. Não é como se você pudesse construir o próximo Facebook, Twitter ou Google em cima de um grande número de servidores Linux conectados à Internet. Claro, Facebook, Twitter e Google são construídos sobre um grande número de servidores Linux fracamente conectados. Mas você sabe o que quero dizer.
Outras perguntas que me foram feitas são: Quão popular é este site? Quantos visitantes? Quantas páginas visualizadas? Mas as únicas estatísticas que vi são aquelas criadas pelos próprios usuários: número de usuários logados, número de postagens de blog atualizadas e assim por diante. Não tenho ideia de quão pequeno ou grande é o tilde.club na web. Eu configurei o servidor, então suponho que poderia verificar os arquivos de log e descobrir qual página da web, ou qual membro do tilde.club, é o mais popular. Honestamente, porém, quem se importa? Eu só quero ver novas páginas da web sendo criadas.