Como o twitter é curto, vamos pra uma coisa mais longa.
Primeiro, o conceito errado de que tem que parecer com Java. A linguagem em si foi desenvolvida pro programador Java preguiçoso, porque a melhor feature por muitos anos era parece com java! você pode escrever jave em groovy!, o que por si só deveria ser absurdo, mas muita gente aceitou isso como se fosse uma feature.
Segundo, tem os vários projetos clonados de outras linguagens/ambientes em vez de se criar alguma coisa nova, enquanto as comunidades Scala/Clojure procuraram desenvolver soluções que usassem as funcionalidades e cultura das suas linguagens na construção das novas ferramentas, a comunidade Groovy continuou tentando imitar a comunidade Ruby sem sucesso mas vendendo a idéia de que é o rails pra java, quando, obviamente, isso não é verdade.
O caso mais gritante disso é exatamente o Grails. A comunidade é minúscula, o ecossistema ao redor da ferramenta também, caso completamente diferente do Rails, onde se tem plugin/gem pra tudo o que você imaginar no desenvolvimento de aplicações web e você pode facilmente integrar o seu legado em Java usando JRuby, matando completamente qualquer argumento de que eu preciso manter compatibilidade....
No fim, o único motivo que existe pra escolher Groovy e Grails pra qualquer coisa é preguiça, já que a ferramenta não é melhor do que o original em nada.
@JacAbreu o grande problema de plagiar é que o original vai sempre ser melhor e o projeto copiado vive pra sempre preso a ser "a cópia daquele framework que tem naquela outra linguagem". Cada linguagem tem que procurar a forma mais eficiente ou inteligente de usar as suas próprias construções na hora de produzir suas ferramentas. Um exemplo clássico disso é o Django, que é o framework web mais comum pra apps em Python hoje e não se parece em quase nada com o Rails, porque ele se aproveita da estrutura e idéias do próprio Python pra montar os seus conceitos.
Quando você migra um framework que depende fortemente de conceitos de uma linguagem em específico, como o Rails, pra outra linguagem que não tem as mesmas construções, você perde muito na tradução e o produto final fica como sendo um primo pobre do original. Depois de anos trabalhando com Rails, quando eu olho pro Grails a única coisa que me vem a cabeça é que eu nunca usaria ele pra nada, porque não faz sentido pra mim escolher o primo pobre quando eu posso escolher a ferramenta original.
Que bom que pra vocês migrar pra Groovy ajudou, mas de repente outros frameworks em Java como Play ou VRaptor pudessem ser avaliados também em vez de usar Grails, já que migrar de Java pra Groovy termina por nem ser lá uma migração mesmo, já que pouco do código realmente muda e a linguagem em si não oferece também muito apoio. Eu tenho visto, inclusive, uma contração da comunidade de desenvolvimento, com o reforço das outras linguagens da JVM e a chegada do Java 8, essa contração tende a aumentar, já que Groovy vai ficar realmente como sendo uma linguagem que adicionou uma coisa ou outra mas não revolucionou em nada.
No fim, é a minha opinião pessoal, se deu certo pra vocês, que continue dando :)