Last active
January 11, 2016 02:28
-
-
Save suissa/abb514f229ae973b6489 to your computer and use it in GitHub Desktop.
62 Tópos n.º 1: apresentar como sendo acidente um atributo
This file contains hidden or bidirectional Unicode text that may be interpreted or compiled differently than what appears below. To review, open the file in an editor that reveals hidden Unicode characters.
Learn more about bidirectional Unicode characters
§ 62 Tópos n.º 1: apresentar como sendo acidente um atributo | |
que se dá sob outro ponto de vista, por exemplo, dizer: | |
«Cor» (P) é um acidente de «branco» (S). | |
Ao analisar esta proposição, o questionador deve dirigir as suas perguntas no sentido de averiguar se a relação que existe entre S e P | |
é de facto uma relação de «acidente». Por definição, um acidente é um atributo que pode verificar-se ou não num determinado sujeito; | |
ora dizer que «cor» é acidente de «branco» significa admitir que «branco» possa não ser uma cor, o que é absurdo. Chamando à colação | |
outros atributos tais como «verde», «azul», «preto», amarelo», etc., o questionador poderia ir construindo várias proposições, u. g., «Cor» | |
é acidente de «amarelo»; «Cor» é acidente de «preto»; «Cor» é acidente de «verde», mostrando sempre que «amarelo», «preto», «verde», | |
etc., poderiam não ser «cores», o que, como já se viu, é absurdo. | |
Ora como é do conhecimento geral que «branco», «amarelo», «verde», «azul», «preto», etc., são nomes de cores, só há uma maneira de resolver esta contradição: reconhecer que a relação predicativa entre «cor» e «branco» não é uma relação «acidental», ou seja, que «cor» não é acidente de «branco» (ou de outra cor qualquer). Resumindo, perante uma proposição do tipo «cor é acidente de branco», a tarefa do questionador consiste em mostrar que a admissão desta proposição leva a uma contradição (a possibilidade de branco não ser uma cor), e assim fica refutada a proposição inicial. Por outras palavras, o «lugar» de que o questionador parte para a sua refutação consiste em contestar o elemento … é acidente de … como forma de relação entre S (o branco) e P (cor). | |
O debate poderia prosseguir até se chegar à conclusão de que o «predicável» que se deve postular como relação entre o S (branco) e o P (cor) deve ser antes … é género de …, ou seja, o termo «cor» é o género em que estão contidas todas as instâncias individuais de «cor», ou, dito por outras palavras, «branco», «verde», «amarelo», etc., são as diversas espécies existentes do mesmo género que é a «cor». |
Sign up for free
to join this conversation on GitHub.
Already have an account?
Sign in to comment
JavaScript é um acidente da Orientação a Objetos.
Como sabemos diversas linguagens se baseiam na Orientação a Objetos, nesse caso a Orientação a Objetos não depende do JavaScript porém ela é um atributo do JavaScript assim como a Orientação a Eventos e a Programação Funcional.
Nosso sujeito, o JavaScript, é um acidente da OO visto que a mesma existe em outras linguagens, enquanto que o JavaScript existe em si, possuindo a OO como uma característica da substância.
ps: dei uma lida melhor em acidentes aqui http://josbenjamimdasilva.blogspot.com.br/2011/09/substancia-e-acidentes.html